Edward Dwurnik é um dos artistas visuais poloneses mais famosos e reconhecidos.
Ele nasceu em 19 de abril de 1943 em Radzymin, perto de Varsóvia. Em 1963-1970, estudou pintura, grafismo e escultura na Academia de Belas Artes de Varsóvia, onde se formou no estúdio de pintura do professor Eugeniusz Eibisch. Em 1965, influenciado pela exposição do pintor ingênuo Nikifor Krynicki, assumiu um estilo semelhante de pintura, que posteriormente modificou e desenvolveu.
Dwurnik criou uma extensa série de pinturas. Ele era um artista tremendamente prolífico. Se levarmos em conta apenas suas obras em tela, seu conjunto de obras inclui mais de 8.000 peças. Suas primeiras obras datam de 1966, que foi sua série de pintura mais antiga e mais reconhecida, Podróże autostopem (Carona), uma visão panorâmica das paisagens urbanas. Outras séries importantes incluem Sportowcy (Esportistas), que é uma imagem caricatural e brutal dos poloneses na era comunista, e Robotnicy (Trabalhadores), um retrato da Polônia lutando contra o opressor comunista. Nesta série da década de 1980, a pintura de Dwurnik tornou-se expressiva, dramática e politicamente engajada.
Suas séries seguintes foram semelhantes, basta considerar Droga na wschód (O Caminho para o Oriente; 1989–1991) que comemora as vítimas do stalinismo ou Od grudnia do czerwca 1990-1994 (De dezembro a junho de 1990–1994), que comemora as vítimas do período da lei marcial na Polónia (1981-1983). Na década de 1990, Dwurnik pintou uma série que se desenvolveu a partir de seu autostopem Podróże - Niebieskie miasta (Cidades Azuis) e Diagonale (Diagonais) - mas também séries completamente novas como Błękitne (Azul), Niech żyje wojna! (Viva a Guerra!) e Wyliczanka (Contagem). Em meados dos anos 2000, Dwurnik começou a trabalhar na série abstrata Dwudziesty Piąty (O Vigésimo Quinto), que continuou com outros temas até o fim da vida.
Edward Dwurnik morreu em 28 de outubro de 2018 em sua casa em Varsóvia. O funeral do artista ocorreu em 5 de novembro de 2018. Ele está enterrado em Aleja Zasłużonych, no Cemitério Militar de Powązki, ao lado do músico Tomasz Stańko, cuja música Dwurnik apreciou muito.
Durante sua vida, Edward Dwurnik participou de muitas exposições de prestígio de arte contemporânea, incluindo a documenta 7 em Kassel em 1982, a Bienal de Sydney em 1984 e a Bienal de Paris em 1985. Suas obras podem ser encontradas em muitas coleções institucionais, incluindo a Van Abbemuseum em Eindhoven, o Museu Ludwig em Colônia, o Staatliche Kunstsammlungen Dresden em Dresden, o Schaulager em Basileia, a Galeria Nacional de Arte Zachęta em Varsóvia, o Museu Nacional em Varsóvia, o Museu Nacional em Cracóvia, o Museu Nacional em Poznań, e muitos outros.
